Crowdfunding – O Rise up – E o Duckduckgo!

Calango Negro 19/4/18;

Olá comunidade Anarquista,

/*Arquivo: CrowdFunding.an
*————————————————————-
* Condição Prévia: Crowdfunding (a popular vaquinha [na internet]), é uma boa?
*Condição Posterior: Sim, mas há problemas.

*/

import revolution.an*;

While (LutandoNaRevolução) {
if (negro) {
LutarJuntos ();
}else {
EumBug ();
}

Export → DB * From Calango_Negro;
Import → DB * To Comunidade Anarquista;

# Aqui o estado e o capitalismo cai. Tem vermelho não irmão!

>>print (Revolução Anarquista)

(Indenting impossible through WordPress oppressive control (A))

Sobre o Crowdfunding.

Bom para quem já conhece legal. Porém para quem não conhece o crowdfunding é uma forma interessante de levantar fundos para garantir que projetos continuem ou mesmo que comecem. A ideia por trás dessa forma de adquirir recursos é que, bom, estamos no capitalismo e por vezes é necessário algum dinheiro para iniciar algo ou ter alguma forma de continuar algum projeto.

Antigamente o que se fazia era, normalmente produzir algo, como zines, realizar feirinhas e através disso, não só propagar alguma ideia, mas também, levantar uma grana para fazer algo. Os jornais anarquistas e a guerra de informações dos séculos passados garantiram o sustento e a luta de muitos. Porém essa forma entre outras parecem terem sido esquecidas não só por nós, mas para muitos ativistas. Parece que a internet nos deu uma injeção de conforto, e nos deixou de certa forma apáticos a certas atitudes corriqueiras.

Mas antes de condenar o Crowdfunding eu devo deixar claro que eu acho sim uma boa ideia.

Por mais que eu ache que devemos realizar as atitudes supracitadas, e tem muitos que fazem. Vejo isso direto, em convites de feira de livros, piquiniques etc. Devo admitir que o alcança de tais ações muitas vezes é de certa forma limitada, e o Crowdfunding por muitas vezes alcance um número maior de pessoas e possibilita uma chance real de conseguir os recursos necessários para se iniciar tais atividades as vezes. Por exemplo:

Como iniciar uma feira de artesanato e venda de zines e livros se não há recursos nem para comprar os materiais necessários, ou até mesmo realizar uma impressão crua de tais trabalhos?

Nesse sentido o Crowdfunding é bem interessante. Todavia devemos ter em mente que o Crowdfunding se inicia com uma campanha, e por vezes deve-se atingir uma cota mínima, ou até mesmo a cota estabelecida para que se consiga ter acesso aos recursos. E óbvio, isso demanda trabalho. Abaixo deixarei um link sobre o assunto com mais detalhes caso se interesse.

Crowdfunding – O Rise up – E o Duckduckgo.

Se por alguma vez você ai do outro lado vem seguindo os meus primeiros artigos, deve ter notado que eu coloquei um certo esforço em tentar demonstrar que o que você acessa na internet, seus dados, o que faz, está sendo raptado e monitorando por diversas companhias, para usos diversos que não necessariamente você concorde e dissertei diversas formas e exemplos de como contornar algumas dessas situações.

Pois bem, o Rise Up e o Duckduckgo foram duas das alternativas que citei. O Duckduckgo está tentando levantar fundos para o seu projeto continuar e chamou o coletivo Rise Up para participar dessa campanha. Além de outras atividades que o Rise Up participou neste último mês de março, como por exemplo, a greve de feministas contra o patriarcado. Na questão do Crowdfunding, do Duckduckgo, o Rise Up identificou alguns problemas para aqueles que queiram contribuir e desejam seu anonimato ao fazerem suas doações. Ao investigar entre as camadas do site o pessoal do Rise Up identificou rastreamento em um acesso a uma única página por 21 corporações diferentes, dentre elas o google e o facebook.

No entando eles deram a alternativa para quem quiser participar de poder realizar suas doações através do próprio site deles.

Devo complementar, que encorajo as pessoas a participarem em ajudar ferramentas como a Duduckgo, cujo o Rise Up está ajudando, pois ferramentas assim, não só facilitam a vida de ativistas, mas de pessoas em geral, evitando com que tais corporações possam utilizar seus dados para mapeamento ou “vazamento” de informações e outras ainda obscuras envolvendo partes de poderes bem conhecidos, dos quais não concordamos e lutamos.

Saúde e Anarquia,

Calango Negro.

Dúvidas, sugestões:

calangonegro@riseup.net	

Carta do Rise Up na integra:

Continue reading

Posted in Atualidades Anarquistas, ciberanarquismo | Tagged | Comments Off on Crowdfunding – O Rise up – E o Duckduckgo!

O psiqué da luta de rua

State Violence

Calango Negro 13/4/18;

Olá comunidade Anarquista,

/*Arquivo: PsiquéLutaDeRua.an
*————————————————————-
* Condição Prévia: Ativistas com conhecimento básico sobre elementos de conflito.
*Condição Posterior: Ideias basilares para se ter uma noção de como buscar conhecimento para *resolução de conflitos violentos usando a defesa pessoal.
*/

import revolution.an*;

While (LutandoNaRevolução) {
if (negro) {
LutarJuntos ();
}else {
EumBug ();
}

Export → DB * From Calango_Negro;
Import → DB * To Comunidade Anarquista;

# Aqui o estado e o capitalismo cai. Tem vermelho não irmão!

>>print (Revolução Anarquista)

(Indenting impossible through WordPress oppressive control (A))

Bom nos artigos anteriores eu falei um pouco sobre comunicação segura na internet. Disse diversas coisas que eu creio sejam de um teor importante acerca de como devemos nos portar diante de duas coisas. 1. Como agir rotineiramente na internet e; 2. Como buscar formas seguras de se comunicar pela internet.

Claro que o assunto é bem vasto e há quem possa descordar de determinados pontos. Porém, independente de concordar com os artigos anteriores, o que eu quis dizer foi… Busque se informar. Isso irá te ajudar. E não demanda nenhum conhecimento avançado para ao menos ter algumas atitudes básicas, que possam lhe conferir algum controle sobre seus dados.

Nessa série de artigos. Busco dissertar sobre a questão de conflitos contra grupos contrários aos nossos. Conflitos que possam comprometer a nossa integridade física. E o que fazer.

Introdução

No artigo de hoje veremos outro elemento que vejo o pessoal debatendo e que venho prometendo, a alguns, faz um tempo, esse posso dizer que tenho uma experiência mais avançada. É a questão de conflitos. Claro que o tema conflito em si, leva a tratados e livros sobre o tema, mas o conflito que me refiro aqui é aquele que demande uma ação energética e de violência para autopreservação, ou seja, a dita autodefesa. Me acercarei aqui sobre a defesa mais especificamente, pois, como bom anarquista, sei por experiencia que não há necessidade de ir até o seu inimigo. Ele se apresenta de graça sem fazer nenhum esforço de esconder isso. Também por acreditar que ainda não há uma maturidade no movimento para falar em ataque, mas sim em resistência, este muito importante para o momento que estamos.

Primeiro deixe-me justificar sobre o quesito ataque. Ataque demanda uma ação coordenada que visa eliminar algo ou alguém por algum motivo. Não creio que seja a capacidade que temos no momento e se sentir que chegou a hora, produzirei algo acerca do tema, que é bem extenso também. No mais meu foco aqui, é para indivíduos e grupos que buscam militar ou mesmo proteger pessoas, como é o caso dos black blocks, e sabendo do risco que correm, indivíduos buscam alguma forma de defesa eficiente que possam peitar o cenário real que existe ante tal conflito.

Ou seja, neste artigo especificamente, tentarei explicar algumas coisas básicas, para a defesa do indivíduo em diversos cenários. Mas como de costume, haverá outros artigos que expandem este mesmo cenário de autodefesa a agressão. Então fique ligado que semana que vem, tem outro artigo que disserta mais especificamente sobre o tema de lutas de grupos. Hoje focaremos no indíviduo.

Justificativas feitas vamos então ao que devemos entender.

O que devemos compreender quando sabemos que o conflito descrito acima é real e pode acontecer?

É resposta, como muitas outras é fácil e simples – entrarei em detalhes em artigos seguintes – buscar aprender uma forma de se defender. Não há nada mais simples que isso, e creio que qualquer um chegará a mesma conclusão. Porém como fazer isso?

Bom, depende. Anarquistas tem vários inimigos, e sabemos que alguns deles querem nos atacar pelo simples fato de existirmos. Também há aqueles que por conta de alguma forma que nos comportamos, ou por alguma de nos vestirmos, ou nos apresentarmos, mesmo que não sendo uns dos velhos inimigos declarados, podem querer atacar.

Então estamos perante a uma situação de vigilia relativamente constante, dependendo de quem seja ou onde esteja, de grau maior ou menor. Os nervos, devem ficar em segundo lugar, primeiro um estado da mente preparado para lidar com tais situações. O controle das emoções para agir de forma correta é a primeira coisa que qualquer um deve conhecer.

Para tal, normalmente o que vejo são as pessoas perguntando é; que tipo de arte marcial, ou forma de defesa devo praticar? Qual a melhor? Qual me deixará mais preparado? Sem contar uns vídeos sinistros ai no YouTube de uns loucos ensinando umas sandices.

Principalmente esse cara ai acima. Mestre Wong, meio popular na internet. 85% do que esse cara fala é loucura e você pode acabar se machucando. O resto tem algum fundamento, porém nem tudo que fala possui uma questão mais prática para um iniciante e, saber o que serve e o que não serve, sem experiência, é por você em risco. Se for buscar uma arte marcial, procure uma especialista de verdade.

A resposta é simples também, para todas essas perguntas, porém não tão óbvia para um total leigo. Qualquer uma que, antes de tudo, te prepare psicologicamente para um conflito e isso depende de quem te ensina e de como você treina. Existem as preferidas por ai, tipo o boxe, por ter boas técnicas de soco, o muay thai pelas técnicas de chute e defesa, o Jiu Jitsu (me refiro ao Jiu Jitsu brasileiro) e até o krav magá, por vender aquela ideia de eles te preparam para o combate na rua. Porém um soco de praticamente qualquer arte marcial no queixo, derruba boa parte dos seres humanos na terra, inclusive um lutador bem treinado. Um chute bem dado na costela (as últimas duas, na parte inferior, cartilaginosas e mais sensíveis que permite a expansão do tórax para a respiração) derruba qualquer marmanjo. Um chute na genitália para (stop!) um ataque e te permite outras ações, quedar alguém é fácil, não demanda anos de treino, seguir para uma posição de montada (que permite que você ataque o inimigo e não seja atingidx no rosto) já faz quem te ataca querer parar e desistir.

Verdade é que uma situação de conflito de rua, no nível individual, demora, na sua maioria das vezes, alguns segundos (não lembro uma situação que tive, me defendendo na rua, que realmente demorasse mais de 10 segundos e pode procurar por ai que especialistas na área vão dizer algo parecido, o resto é a conversa fiada e os xingamentos blá blá blá, mas o ataque em si, são só alguns segundos e pronto, só com uma exceção no meu caso. Por isso é bom estar minimamente treinado). Depois disso cada um vai para o seu canto. Quem te atacou com a cara de besta e você seguro para casa.

Mas eu gostaria de demonstrar de forma mais clara certas ilusões da arte marcial frente a luta de rua. Para isso vamos sair um pouco das ruas e entrar nos ringues. O que acontece num esporte de competição (luta), contrariamente a uma briga de rua são três coisas. 1. Tem regras; 2. Ali tem duas pessoas treinadas que sabem a base da luta do outro; 3. Há um intermediador (um juíz) com o poder de parar a luta a qualquer hora.

Acho que o lugar que melhor pode expressar isso, de forma clara, são as lutas de vale tudo que ocorriam e que hoje se transformaram no MMA (ou como alguns falam o UFC).

Lá na época do vale tudo (para quem já competiu sabe bem disso) falar que você ia usar socos e chutes para vencer uma luta o povo ria da tua cara. Era algo considerado inútil numa luta sem regras e ineficiente, pois no momento que você socava ou chutava você dava todas as ferramentas para te colocarem no chão e a partir dai começarem a trabalhar e vencer a luta. Então era simples. A não ser que a luta fosse entre duas pessoas inexperientes no chão a luta dificilmente se dava em pé tinha-se uma ideia de habilidades que seriam superiores a outra. A lógica era a seguinte, do mais fraco para o mais forte.

*nota: Quando comecei a lutar isto já estava sendo questionado. Porém ainda havia muita gente que tinha um certo descredito com as lutas em pé. Que ao meu ver só mudou no esporte quase que 2010 para cá.

Pugilismo (boxe) → Kickboxe (Muay Thai ou Kickboxe estado unidense) → Queda (Judô, Wrestling (mais especificamente a luta Greco Romana) e Sambo {nesta ordem do mais fraco para o mais forte}) → queda e finalização (Catch Wrestlling, Sambo e Jiu Jiutsu (brasileiro) {também da ordem do mais fraco para o mais forte}).

Então basicamente o que se observava a tempos atrás é que o cara de boxe perdia para o do Muay Thai, que perdia para o do Judô (aqui no Brasil) que perdia para o do Jiu Jitsu (ao ponto da galera tirar onda “E você acha que vai conseguir acertar um soco e um lutador de Jiu Jitsu”, é as coisas mudam kkkk). E essa era a lei. Então se você quisesse ganhar no ringue ou nas lutas você lutava Jiu Jitsu e tava tudo certo.

Porém, principalmente a nível mundial, a galera começou a ficar mais esperta e começou a incorporar vários tipos de habilidades para vencer uma luta, sem eleger uma especificamente. Porém vemos hoje que ter uma base forte em uma disciplina em pé (digamos um lutador profissional de Kickboxe), e uma noção avançada de chão (ter uma faixa marrom no Jiu Jitsu já é o suficiente para muitos atletas ai) é mais eficiente que ao contrário. Pois a luta em pé acaba com um golpe, e o chão deve ser trabalhado para se chegar a uma finalização (na maioria dos casos {na competição ok}). Então a hegemonia das lutas de chão foi questionada, sem necessariamente negar sua eficiência, sendo uma disciplina importante para adquirir outras habilidades igualmente importantes. Mas ainda sim havia outro problema.

As artes citadas acima, eram, e ainda são, consideradas as artes marciais mais adequadas para um combate corpo a corpo para diversos cenários. Pois elas são fortes, explosivas e são capazes de proporcionar, através de sua cultura de treinamento, lutadores e atletas fortes e preparados para uma luta. Por tanto outras artes marciais, mesmo tendo expoentes famosos, como o Karate Kyokushin (Vide Francisco Filho) eram negligenciadas. Até mesmo com alguns lutadores famosos como Cung Le do Sanshou, uma forma de kung-fu, ainda estavam sendo negligenciadas. Eis que veio o tal do Lyoto Machida e consagrou-se campeão do UFC usando técnicas do Karate Shotokan (e outras também ok. A galera ficou espantada, pois ao observar suas lutas era visível o uso do Karate durante quase toda a luta se não ela inteira), que até então era quase que infantilizado (literalmente, era considerado algo interessante para crianças começarem seu caminho nas artes marciais, por não ser uma arte considerada, combativa o suficiente para entrar nestes tipos de competições mais violentas).

UFC

Se você procurar, o Lyoto Machida não é mais campeão do UFC, porém isso voltou os olhos para lutadores que usavam golpes advindas de artes até então consideradas “fracas”, como golpes de Tae Kwon Do, quedas do Kung-Fu e outros golpes considerados para a rua, ou assinaturas de artes marciais consideradas “não ideias para esportes de combate mais agressivos (alguns dizem mais realistas também)” e isso deu um revival a algumas dessas artes marciais “fracas”.

Então por que eu fiz questão de dizer isso acima. Por que meu próximo ponto é se você deve apostar seu tempo em uma arte marcial ou não. Mas eu queria desmistificar a ideia de uma arte marcial ser necessariamente superior a outra. Não é bem a arte marcial, mas sim como você se prepara frente o que você vai enfrentar.

Então devo fazer uma arte marcial, ou não, para me defender nas ruas?

Só deixando claro que Artes Marciais que me refiro acima é qualquer forma de luta corporal. Boxe, Kickboxe e outras incluso, não só as orientais por motivos irrelevantes a esse artigo. Só para deixar claro, caso você conheça algo sobre o assunto ou tenha determinada opinião contrária.

A resposta é simples e direta. Sim.

Continue reading

Posted in Anarquismo | Tagged , | Comments Off on O psiqué da luta de rua

El Gran Finale -// Fim da Trilogia

anarcoding

anarcoders

Calango Negro;
Olá comunidade Anarquista,
/*Arquivo: ElGranFinale.an
*————————————————————-
* Condição Prévia: Ativistas com conhecimento básico de troca de informações.
*Condição Posterior: Ativistas com conhecimento intermediário e fácil de usar. *Utilizando ferramentas e ambientes eficientes para a troca de informações.
*/
import revolution.an*;
While (LutandoNaRevolução) {
if (negro) {
LutarJuntos ();
}else {
EumBug ();
}
Export → DB * From Calango_Negro;
Import → DB * To Comunidade Anarquista;
# Aqui o estado e o capitalismo cai. Tem vermelho não irmão!
>>print (Revolução Anarquista)
(Indenting impossible through WordPress oppressive control (A))

Este aqui é a parte final de uma série de 3 artigos relacionados a como iniciar atividades pela internet e como se comunicar efetivamente e de forma segura nela. Os artigos anteriores seguem abaixo.
– Artigo 1 -> Como iniciar atividades pela net?
– Artigo 2 -> Sabendo Navegar em Águas Tenebrosas.
– Artigo 3, não faz parte dos 3 artigos, mas também importante para o tema. -> Conheça o PGP, e porque é importante para você!

Outra coisa que gostaria de falar, antes de começarem a ler o artigo é que faço parte de um grupo de divulgação de conhecimentos, denominado Anarcoding. Caso se interessa, cola lá, tem um link com cursos completos e a gente ajuda no que pode. Tanto para quem quer aprender algo sobre programação, ou saber fazer um site. Até para pessoas que estão precisando de alguma ajudinha nossa. Convite feito, sejam todos bem-vindos. Deixando claro que nosso intuito é ajudar a comunidade com projetos.

*Aviso → Este não será um artigo pequeno. Não pela parte técnica, pois ela pode dar algum trabalho, mas é relativamente simples. Mas por ter que falar de certos assuntos, assim como, pretendi partir do fato que as pessoas tem conhecimento 0 sobre o assunto, dissertarei de acordo e explicarei certas partes para a compreensão integral do que o artigo pretende. Mas sinta-se livre para pular tais caso você já entenda certos aspectos, caso não, ou não sinta segurança sobre o tema, recomendo que leia o artigo por completo, pois há nele várias informações que considero úteis.

“Deixando claro que não sou um especialista na área.”

1. Introdução

Na verdade devo dizer que escrever estes artigos foi um certo alívio para mim, espero que eles possam ser de serventia para alguém ai do outro lado da tela. Mas devo dizer, que entre várias coisas, sobre o tema dos 3 artigos algo me entristece muito. Que é o que observo, ao menos até onde sei, o fato de a militância anarquista na parte cibernética pouco dialogar com as demais, mas principalmente a resistência do uso da internet como ferramenta de luta pelos anarquista, ao ponto de subestimar o uso delas. Enquanto que no outro lado, nossa contra parte, faz amplo uso delas e neste momento de Abril de 2018 vemos vários casos de militâncias e ativistas sendo mortos por conta dessa falta de conhecimento e se aventurar em aprender a lidar com a internet.

Digo isso porque quando fiz parte de um projeto no ano passado que não vingou, tínhamos entre nós, a tarefa de investigar o que estava acontecendo na internet no outro lado, em especial a grupos de direita extremistas. Foi para dizer o mínimo um choque total. O que eles estavam planejando parecia coisa de filme de terror, suas conversas, a troca de informações, e informações por vezes abertas ao público em locais como Facebook e YouTube com seus rostos a amostra e nenhum anonimato, o que facilitou muito nosso trabalho na investigação desses grupos.

Esse foi um trabalho que durou um pouco menos do que 3 meses e só isso foi o suficiente para vermos que havia um perigo real em nossa mãos. Isso se findou lá pelo mês de setembro de 2017. Basicamente o que boa parte desses grupos falavam era em agir, de forma agressiva e contundente em 2018, dada a corrida eleitoral para impedir o avanço da esquerda é óbvio, nós anarquistas estávamos lá entre seus alvos. Citaram alguns colegas, que avisamos, fizeram vídeos que nós divulgamos e alertamos para isso e o fato de termos de nos preparar para 2018, pois esses grupos iriam sair da jaula para um ataque em massa com qualquer força que tivessem, no intuito não só de gerar um panico entre os ativistas, mas de criar multiplicadores. Nós observamos uma relação bem de perto com táticas da alt-right, e os avisos do site itsgoingdown.com foram certeiros em 2018. Relatei diversas agressões e até mortes, ou perseguições. Mas nada disso ressoou, ganhou força, e por vezes o tema foi subestimado nos grupos anarquistas que participo.

E foi isso o que me entristeceu, pois não sei bem se as pessoas não estavam, e ainda creio não estão, cientes do poder que a ferramenta da internet proporciona para diversos grupos que queiram lutar por justiça, ou por acabar com ela. Apesar dos avisos, de dizer que eu fornecia as fontes, era só me chamar no inbox, quase ninguém o fez, e alguns ainda fizeram para saber se o que eu estava falando era real e logo depois saiam, pois não queriam se envolver. Me entristeceu muito ter que a Marielle Franco, ativista e vereadora do PSOL – por mais que eu não concorde com esse tipo de luta partidária – morrer para as pessoas fazerem um mapa de 25 ativistas mortos, dos quais 7 que eu havia relatado, nenhum deles apareceram nesse mapa, e outras diversas agressões (outras 16) que ocorreram. Tudo isso para o pessoal entender que havia iniciado uma caça as bruxas. A direita fascista estava se preparando para isso, e deram todos os sinais possíveis e tempo para que tivéssemos nos preparado para isso e nada fizemos. Como diz o ditado “uma andorinha só não faz verão” e o que ganhamos com isso foi literalmente um inverno gelado, branco e sem vida. E pelo que eu entendi até agora, isso não está perto de acabar, pelo contrário, tais atos fortaleceram esses grupos que agem, unidos e dialogam suas ações e criam multiplicadores através dessa ferramenta, cujo subestimamos. Não tenho como precisar se tivéssemos agido antes, haveriam menos morte ou até mais. Mas de certo estaríamos cientes de suas pretensões.

E claro, mortes ocorrem o tempo todo e passam despercebidas todos os dias por nós. Algo como isso não deveria ser corriqueiro, e essas pessoas eram justamente pessoas que se levantaram para lutar contra isso. E seus contrários são aqueles que não querem que o status quo mudem. Essas morte são necessárias para que tais grupos se mantenham hegemônicos no poder. Todavia atacar os que resistem e lutam se tornou uma prioridade, pois a ameaça a uma mudança no status quo foi sentida por tais, seja por que motivo for. Óbvio que eles não ficariam sentados esperando. Mas creio que achar que eles, na sua incumbência de quebrar as regras do jogo que eles mesmos criaram, sendo os donos delas, as obedeceriam é de uma ingenuidade grande. Ou achar que nada é novidade, isso acontece desde que o ser humano etc, ou que o estado etc, ou que etc; mas a luta continua é de uma sacanagem sem tamanho. Literalmente se pensas assim, pendure sua militância no armário, pois não pertence a grupo nenhum que queira lutar por um futuro melhor e vá para os quadros da direita. Militância e resistência não é simpatia, é luta e inconformidade. Não há nada pior que, “autorx já falou isso a não sei quanto tempo atrás”. “Sim então você vai fazer o que? Sentar no computador e fazer um post revolts?”

Apesar dos avisos que fiz, que obviamente não caíram na notoriedade de muitos que talvez estejam lendo este artigo, dizer também que não nos preparamos para isso, é atestar a burrice e nossa infantilidade perante a situação da militância. Sim, tudo que estamos vendo agora, toda essa agressão estava ai a vistas, não se falavam quem iam atacar, mas diziam onde iriam atuar, estava tudo as claras, nada disso foi escondido. E talvez agora, pois não me dei o trabalho de olhar se tais grupos ainda estão atuando, dado que nenhum dos avisos que fiz surtiu algum efeito, ou mesmo, devido a uma certa decepção minha, parei de rastrear tais grupos que estão constantemente movendo (nem todos, a maioria dos chans da vida tão ai bem abertos para quem quiser ver, e disso já se tira muita conclusão) talvez estes já tenha esfriado e ai chego ao ponto inicial dessa introdução.

Qual difícil é mexer com a internet? Não é! Ela e praticamente tudo que a compõe foi feita para que qualquer pessoa possa usar, e criar para ela e para os Sistemas que dependem dela. Não é difícil, não está além do alcance e o que basta é ter um computador ruim e uma internet. Admito que nem todos possuem as duas coisas. Mas posso dizer com uma certa convicção que boa parte dos usuários e dos grupos que relatei possui acesso aos dois. Por tanto isso me cheira a uma desculpa. Dizer que não gosta muito de internet, para a importância de uma militância, para alguém que usa um Facebook para tal.

“É dizer que gosta de comer fruta da horta comunitária, mas tem nojinho de ir lá fazer o roçado.”

Porém deixe-me fazer uma ressalva importante. Tecnologia de Informática foi vista pelos ativistas, da era da computação, como algo feito para a elite, complicada de usar e feito para pessoas que possuem um grau de educação elevado e/ou pessoas que tem aptidão para raciocínio lógico matemático, também conhecido como “nerd”. Se ligou automaticamente que essa tecnologia era para poucos. “Por entanto, muitos a usam, poucos sabem como usá-las, pois é complicada.” Não! Vamos com calma. Há coisas complicadas sim. Certa habilidades são adquiridas com o estudo profissionalizante, porém, até a habilidade profissional de lidar com essas ferramentas estão ai e são altamente acessíveis. Ninguém está pedindo, vamos criar um novo código de encriptação e uma biblioteca do java que roda no C e no Python. Não! Fazer um site simples, mexer numa ferramenta de imagens, saber navegar no Tor, até mesmo produzir aplicativos (apps) para android que várias pessoas tem, são tarefas que demandam trabalho, mas são longe de serem complexas.

“Há muita coisa simples, boa, DE GRAÇA e eficiente”

nestes lugares do qual se pode tirar proveito. E por não tirarmo proveito disso é que não estamos sabendo dar um resposta a altura para tais. É uma ferramenta, onde muita gente trabalha diariamente para nos dar acesso, e eles estão tirando proveito disso e nós não. Nós a vanguarda, os futuristas de ontem, estamos caindo no passado. E os atrasados de ontem, estão se modernizando. Espero que isto fique claro, especialmente ao ver o que está acontecendo hoje no Brasil. Precisamos aprender a utilizar tais ferramentas para; 1. Fazer nossas vozes chegarem mais longe e de forma mais acessível, 2. para produzir de forma mais eficiente, barata e sem exploração, 3. para identificar nossos inimigos, compreender, identificar, denunciar e neutralizá-los. E essa ferramenta chamada Tecnologia da Informática é ótima para isso (sem descartar nenhuma outra é claro, ou substituir, ou dizer que é melhor, mas passar a fazer dela parte integrante da nossa militância), pois ela é, acessível, fácil de usar e barata.

Então eu gostaria de dizer que além de esperar que abra seus olhos, sobre o que aconteceu, frente aos fatos que apresentei, que não há mistérios para isso aqui. Dá um trabalho? Sim! É complicado? Não! Digo que se estivéssemos ocupando tais territórios, como a Deep Web, da forma como ocupamos o Facebook e talvez postando noticias, informações e trocando ideias do que acontece lá. Realizando seminários via internet. Ligando mais as pessoas talvez hoje não estaríamos com um discurso de que nós não estamos nos preparando o suficiente para eles. Eles se prepararam, nós não. Simples. Eles usaram as ferramentas, nós não. Claro que há outras nuances do que está acontecendo. Mas trago somente um singelo ponto que considero importante para a mesa do debate.

Mas essa obervação que fiz durante a época do projeto que participei ficou bem claro, que o que temos hoje como cenário do fortalecimento da direita e seus atos, se deu muito em parte, não de nossa parcimônia, mas da falta de informação real sobre como esses grupos estavam agindo e se estruturando. Pois creio, com todas as forças que tenho, conhecendo os movimentos que participo, que ao menos calados não ficaríamos. Gritar injustiça é algo que somos muito bons. Ainda está faltando a nós como anarquistas, aprender a agir de forma mais madura e eficiente, na minha humilde opinião, não digo todos, mas o movimento como um todo ainda está preso a falta de experiência como anarquista. Isso é algo que venho observando faz tempo também. Ainda jogamos pelas regras deles. Essas regras não nos pertencem. Quebremo-las

Pois essas são minhas palavras finais nesta introdução longa. Não acredito que sabendo como eles estavam, e estão, se planejando o movimento anarquista ficaria parado, porém sem a informação, ou interesse nela, agir sobre o que não se sabe tecnicamente, exatamente ao certo fica impossível. Achar que o estado é terrorista, a direita é fascista é fácil e óbvio, ninguém é burro, eu, você somos anarquista, chegamos aqui por tirar essas conclusões que são óbvias, porém quando eles vão fazer um ataque conjunto, como neutralizar isso e quando, é outra história. E digo que algo mais maduro e tangível passar a ter um raciocínio mais voltado a essa lógica. Do que ficar na ciranda de coisas como Economia Solidária etc. Pois é o que parece que estamos fazendo.

Livros são ajuda, mas não a resposta dos problemas, isso (as soluções) quem cria somos nós (povo). Como não deixar que tais atos ocorram, como por exemplo a Antifa gringa fez em Charlottesvile é essencial para não deixar que essa onda cresça. Eles aprenderam a lição e estão fazendo a parte dela. E nós? Vamos ficar fazendo clubinho anarquista e fazer caminhada no fim de semana com a galera no parque e um piquinique enquanto a direita tá lá trocando informação com o grupo x de como se deve fazer um ataque a faca eficiente e sair sem ser preso? Fica a pergunta para vocês.

2. Entendendo alguns pontos primeiro.

Dadas as devidas introduções ao tema, e os artigos acima linkados. Vamos entender alguns pontos. Como disse talvez essa seja a parte onde, caso você entenda de Sistema Operacional (SO), VPN, Ocultar-se na internet, tem uma ideia sobre Linux e browsers, talvez queira pular, caso não seja o seu caso, vamos entender isto primeiro, para dai partir para as soluções na terceira parte deste artigo.

Como disse em todos os artigos e neste também, nada,

“absolutamente nada na internet é 100% seguro”

e qualquer pessoa que diz ao contrário está mentindo para você. Mas você, pode deixar as coisas tal seguras e despercebíveis que as chances de você ser descoberto são poucas. Como disse agora na introdução acima, a direita vem se organizando quase que a luz do sol com holofotes em cima e uma fogueira em baixo para dar mais luminosidade (só por garantia) e mesmo assim, as pessoas se sentiram surpresas com os atos que vem acontecendo a ativistas sociais. Claro que alinhado ao precário sistema de investigação do estado (que está mais focado, obviamente, em pegar a gente do que eles), a falta de habilidades básicas nossa com as ferramentas tecnológicas e a mobilidade – ficarei devendo esta última em um artigo futuro sobre o tema desta natureza, daqui sigo para outras naturezas de artigo. Sobre computação este é basicamente o último que farei com exceção da mobilidade nos ambientes de comunicação, habilidade importante, que ficarei devendo num futuro distante – fica muito difícil alguém ou qualquer grupo saber o que você e seus colegas estão fazendo. Mas quando eu digo difícil, não é um pouco, mas muito difícil. E no próximo artigo beirar o impossível. Mas vamos por partes.

Continue reading

Posted in Atualidades Anarquistas | Tagged | Comments Off on El Gran Finale -// Fim da Trilogia

Como iniciar atividades pela net?

Olá Comunidade Anarquista,

Por Calango Negro:

Esse é o primeiro de uma série de artigos que pretende explorar os aspectos mais técnicos de ações que podem ser realizadas por anarquistas. O intuito desses artigos é prover anarquistas com leituras, que por ventura, podem ser debatidas e utilizadas por grupos e individuos no intuito de oferecer resistência as instituições quiriarcais e principalmente ocupar espaços.

A ocupação de espaços por anarquistas é um dos principios chaves para o desenvolvimento do próprio. E é a partir desses espaços que o desenvolvimento e a expanção do Anarquismo pode se tornar algo tangível no futuro e por isso mesmo acredito que além do escopo téorico relevante a cada anarquismo, e suas vertentes, dissertar sobre estratégias e conhecimento técnico que remeta ao sucesso dessas ocupações se faz necessário para que a teorização ganhe espaço e vida em tais locais.

No mais devo dizer que muito do que eu escrever aqui é baseado em conhecimento pautado na experiência e, obviamente, em alguns autores também, experiências essas que tiveram alguns sucessos e muitas derrotas, mas como todo bom revolucionário a derrota na batalhar está longe de ser um fim de uma guerra contra tais instituições. Na verdade, numa observação mais próxima do que é vencer uma guerra, facilmente se observa que esta não é ganha em cima de batalhas, mas em cima de estratégia. E este é exatamente o intuito desses artigos.

Inicialmente muito do que vai ser feito se remete ao ambiente virtual, assim como os projetos propostos e os tutoriais. Posteriormente de tempos em tempos eu abordarei algo mais voltado para o ambiente real, até que veremos, chegaremos ao ponto onde esgotaremos o tema virtual, onde na verdade estaremos abordando temas mais avançados e focarei meus esforços no ambiente urbano e rural. Também contemplando a meta da ocupação de espaços.

Dada as devidas considerações e explicações o primeiro tema a ser abordado se chama comunicação!

Este é um assunto chave e que demanda diversos artigos; de fato o tema é bem extenso. Todavia tentarei humildemente colocar aqui neste artigo um possível viés para realizar uma comunicação o mais segura possível (informação totalmente segura, só se duas pessoas conversarem trancadas num banker a prova de som e com um esquema de segurança onde é 100% a certeza de que ninguém foi seguido até o tal banker, então não se iludam, as medidas aqui estão tentando assegurar você o máximo possível, mas nada é totalmente 100% seguro). Para entender algumas coisas precisamos entender que a comunicação virtual será realizada através de um cenário (cenários será o meio pelo qual eu tentarei explicar tudo neste e nos artigos vindouros ). O cenário é o seguinte:

“Uma pessoa tem uma ideia, referente a um projeto com a proposta supracitada. E posta sua ideia em alguma comunidade anarquista, em alguma mídia social.”

Bandeiras vermelhas aqui (e a gente sabe que vermelho não é bom). Neste momento você cometeu seu primeiro erro. Você expos sua ideia, ou pelo menos a totalidade de sua ideia, em um local como o Facebook (e pode ser qualquer outro meio de mídia social). O Facebook tem praticamente toda e qualquer agência de espionagem com seus olhos voltados a esta plataforma digital, as vezes além das agências governamentais de espionagem ainda é realizado o contrato de empresas privadas somente para entender o fluxo de postagens em tais mídias que é depois redirecionadas a tais agências.

Ativista critica sistemas espiões, que acumulam dados sobre pessoas

http://bhaz.com.br/2017/06/04/ativista-stallman-critica-espioes/

Temer tá de Olho no Seu Face.

http://esquerdadiario.com.br/Temer-ta-de-olho-no-seu-Face-Empresa-e-contratada-para-espionar-postagens-politicas

Na verdade há comunidades inteiras que falam sobre o tema, e até o ponto de alguns falarem que é expeculativo algumas informações, porém como todo gato escaldado, creio que todo anarquista deve saber melhor do que confiar que o governo será ético em relação a informação. Seja ela onde estiver. Então alguém pode pensar, “talvez fazendo um perfil fake…”, humm… não! Não só o Facebook está com políticas que dificultam a formação de perfis fakes na rede, como o óbvio seu ip estará registrado, e mesmo usando um VPN, ou algum tipo de artíficie que mascare seu ip (identidade digital do seu computador ou celular), há o riso de que não consiga realizar seu perfil fake. Mas vamos dizer que de alguma forma você consiga realizar tal perfil fake, através de métodos que mascarem seu ip, para finalmente conseguir postar sua ideia em alguma midia social. Neste momento você resolveu um problema e criou outros dois.

O primeiro problema que você criou é que, neste momento, qualquer pessoa que resolva aderir ao seu projeto e não tomou as medidas acima estarão expostos (e por ventura você caso não tenha tomado as devidas precauções ao comunicar seu projeto com seus companheiros). O segundo é, e isso é algo que recomendo a todos, nunca confie em perfil fake na internet!!!!! (!!!!!!!!! Importantíssimo). Você não tem nenhuma informação da pessoa, não sabe quem é, onde ela está, e digo isso não só pelo motivo da luta antiestatal-quiriarcal, mas por que há diversos outros grupos contrários ao anarquismo e que tem como alvo anarquistas; que se utilizam de perfis fakes para coletar esses dados e perpetrar ataques mais diretos, normalmente focando em individuos. Esses grupos tem alvos preferenciais, como mulheres e negros, e mulheres negras ativistas são alvos preferências de acordo com um estudo do itsgoingdown.org.

FORMING AN ANTIFA GROUP A MANUAL

https://itsgoingdown.org/forming-an-antifa-group-a-manual/

Então a primeira coisa que recomendo que se faça e aderir a grupos que dissertem sobre a comunicação digtal e privacidade digital. Há inúmeros pela internet, a partir dali você terá uma ideia melhor de como se comunicar de forma mais segura na internet e aprender essa arte. Como abordar pessoas que você acha que poderão se interessar em se juntar a você seja num projeto ou em alguma causa. Mas saiba, sempre, não há 100% de segurança na internet. Mas para não desencorajar você que está lendo este artigo, também digo que não podemos ter medo sempre de que algo aconteça. Saiba que um inicio de proposta sobre uma causa (dada as devidas medidas do que será dito, é óbvio) é algo que provavelmente não vai lhe render uma batida na sua casa. O que eu estou tentando expressar; é tome as devidas precauções e provavelmente tudo ficará bem.

Bom dito isto vamos a algo mais prático. Vamos dar os primeiro passos para você começar a dialogar com pessoas que você veja que possam ser individuos que venham a aderir so seu pleito. Antes de eu entrar em quesitos mais técnicos. Devo dizer que há projetos e projetos. Há projetos no qual eu não vejo a necessidade de serem realizados as escondidas, principalmente se organizados. O ideal para alguns desses é realmente a exposição. Feiras de Livros, Palestras, Piqueniques, Encontros etc. São em sua maioria eventos cujo a exposição é benéfica, além de ocupar espaços, mesmo que temporiariamente, a exposição ajuda na causa. Meu intento é ajudar aqueles que estão queredo realizar projetos de cunho mais sensível, ou que demanda uma certa segurança em ensconder certos elementos da organização dos mesmos. Para isso é necessário tomar certas medida de precaução, é as que se encontram aqui abaixo, se aplicam aqueles que são totalmente iniciantes e tem pouco contato com certos caminhos e aspectos já conhecidos de anarquistas.

No meu cenário eu digo que a pessoa está querendo propor uma ação, ideia e/ou projeto que demanda discrição e não quer essa ideia exposta, devida a sua natureza. Para tal eu vou tomar do principio que a pessoa possui um computador dual core, 165gh, com 2GB de Ram e 200GB de HD, é usuário de windows, tem um certo espaço para instalar alguns softwares e possui um celuar (seja qual for não fará muita diferença nesse cenário(exceto Windows Phone, não tenho referências para o sistema Windows Phone nesse cenário, é mais para Android, mas até onde vai meu conhecimento, serve para ambos Android e IOS), com espaço o suficiente para colocar um app de 75MB. Essas são as especificações mínimas e creio que a maioria deve ter algo próximo disso. Caso você só tenha um, ou o outro (computador ou celular somente) este cenário se aplica a você também. Também vou por nesse cenário que o Facebook e seus grupos de anarquismo será o local para encontrar essas pessoas.

A primeira coisa que você tem de fazer, como disse acima é entrar em comunidades que dissertam sobre a segurança (e obviamente anarquistas também) e tentar acompanhar, creio que após um mês você provavelmente terá conhecimento similar ao que estou colocando aqui ou, provavelmente, maior do qu estou colocando aqui. Leia o guia de segurança (disponível aqui). Organize o que você está querendo fazer. Idealizar um exercício de levantar possíveis problemas e maturar possíveis soluções ajudam muito. Pois bem, feito tudo isso começamos o trabalho.

suffer_from_capitalism

Dado que você compreende como funciona o seu projeto, provavelmente indica que você sabe falar sobre ele, e explicá-lo. Então a primeira coisa que você poderia realizar é expor os pontos no qual se baseia seu projeto. A ideia, longe de expo-lo, e postar certas conclusões que você tirou, sem expor que você tem um projeto para a problemática na qual você quer duelar.

O estado opressor (faz tal ação na cidade), aqui fica meu repúdio a essa injustiça.”

Isso que você fez acima se chama phishing (a moda anarquista kkk, pode chamar de recrutamento também (recrutamento aqui lê-se, pessoas de interesse comum no qual um dos indivuduos as chamam para realizar uma atividade em conjunto)). Há maneiras, mais criativas e que de preferências inclua mais informações. A ideia é ter não só pessoas que curtam sua postagem, mas que comentem e possa fomentar algum diálogo sobre o post que você colocou. Essas pessoas são as pessoas que podem estar interessadas em realizar algo, em atuar naquilo que você quer atuar, são seus possíveis companheiros de luta mais próximos.

O próximo passo é a abordagem. Aqui não é interessante falar logo de cara sobre seus planos, mas começar um diálogo, no messanger, livre sobre anarquismo, até o momento que se estabelece uma certa segurança entre as pessoas (duas ou mais). E agora é hora de você expor o projeto. Mas, é claro, que expor o projeto, mesmo que, dada a devida segurança de ip e outros, não vai adiantar. A informação está ligada, como disse anteriormente, a seu computador e o colega ao dele. Então uma forma de fazer isso é enviar essa informação através do Facebook de uma forma que o Facebook não possa visualizar.

Existe alguns métodos para se fazer isso. O que eu recomendo são dois:

1. Instalação do CryptoCat.

Para maiores detalhes veja esse link https://crypto.cat/help.html

https://crypto.cat/index.html

2. Usar o Privnote.

Para mais detalhes veja aqui https://privnote.com/#

https://privnote.com/info/about

Dos dois o Privnote é o mais simples. Pelo fato de sua simplicidade seguirei aqui pelo privnote. Saiba que os dois, são notados alguns problemas em termos de encriptação e segurança, mas até começar a organizar uma ambiente mais seguro, na minha opinião, por aqui você vai estar mais do que bem para começar. Afinal você precisa falar sobre o projeto e precisa ter alguma medida de segurança e o privnote provê isso de forma eficiente. Vejamos.
Continue reading

Posted in Anarquismo | Tagged | Comments Off on Como iniciar atividades pela net?

Conheça o PGP, e porque é importante para você!

Calango_Negro;

Olá comunidade Anarquista,

/*Arquivo: UsandoChavesPGP.an
*————————————————————-
* Condição Prévia: Ativista precisa de encriptação de informação. Mas não tem *ideia de *como fazer ou onde procurar.
*Condição Posterior: Ativista agora sabe utilizar chaves PGP para manter suas *informações em sigilo e seguir protocolos de segurança.
*/

import revolution.an*;

While (LutandoNaRevolução) {
if (negro) {
LutarJuntos ();
}else {
EumBug ();
}

Export → DB * From Calango_Negro;
Import → DB * To Comunidade_Anarquista;

# Aqui o estado e o capitalismo cai. Tem vermelho não irmão!

>>print (Revolução Anarquista)

(Indenting impossible through WordPress oppressive control (A))

Brincadeirinhas a parte eu ia continuar a fazer os artigos baseado naquele cenário que tinha proposto, segue o link abaixo. (dica leia o artigo até o final, no último link, tem surpresa boa lá. Enfim fica a dica kkkk)

Como Iniciar Atividades Pela Net?

Sabendo Navegar em Águas Tenebrosas!

Mas eu falei um pouco sobre chaves PGP no outro artigo e dois amigos meus ficaram me perguntando o que era aquilo. Parecia algo interessante. Seguro, pode usar em e-mails convencionais, um protocolo de segurança. Como isso funciona? É seguro mesmo?

Antes de ir a frente eu quero dizer que eu não sou nenhum especialista, e caso haja alguém que queira colaborar com o post, por favor o faça. Estas são informações que eu tiro fuçando por ai. Avisados, vamos ao que interessa.

Então quebrando um pouco a lógica da evolução do cenário, vamos ao PGP.

Bom é bem seguro, como o próprio nome indica. PGP é um acronismo para a palavra em inglês Pretty Good Protection, algo como segurança bem boa (e não muito boa, enfim sem detalhes sobre aspectos linguísticos). Bom a maioria do material que você vê ai pela internet simplesmente te explica como fazer isso no seu computador. Se você caiu aqui com esse único intento, vá mais abaixo no post por que eu vou encher a primeira parte dele com a história do PGP e como os cypher punks estavam ligados a ele antes de falar como ativá-lo e outras curiosidades que eu acho importante sobre o uso das chaves PGP’s. Beleza? Simbora.

A chave PGP é um tipo de encriptação que pode ser usada de diversas formas. Ela é mais comumente usada para a troca de e-mails criptografados pelo sistema PGP. Mas ele serve para encriptar Hds e outros mais. E é realmente uma encriptação muito eficaz. Até onde se é notório ninguém conseguiu quebrar uma encriptação pgp. O máximo que aconteceu foram ataques para que se tivesse acesso a senha posta pela pessoa no software PGP, ou seja, a abordagem para decifrar a mensagem era a senha do dono da chave pgp e não quebrar a encriptação em si. Dai a força da encriptação. Vamos detalhar isso mais a frente.

O protocolo PGP foi criado por Phil Zimmerman em 1991. Phil é graduado em ciência da computação e trabalhava como engenheiro de softwares, ligado a área de segurança dos mesmos. Ele era ligado a movimentos pacifistas e de desnuclearização dos Estados Unidos, e sendo ele um ativista, viu a necessidade de tentar construir um método onde ativistas pudessem se comunicar pela internet sem a interferência da NSA. O algoritmo construído por ele veio enquanto ele ia a uma padaria que ele costumava frequentar, chamada pretty good bakery, dai o nome pretty good protection.

Bom até ai, nada de novo, NSA espionando ativistas (uhhh que surpresa nos deleita camarada). Bom ai é que tá. Se você lendo isso agora (escrevo isso em 3 de janeiro de 2018) acha que o governo EUA e a NSA são o ápice da maldade da internet, de fato é bom dar uma olhada na história da internet. A NSA era praticamente dona da internet. Não precisava de permissão ou nem esconder o fato de que espionava seus dados pela internet, coisa que tinha “caído” depois de alguns ajustes da gestão Clinton (depois revelado por Snowden que tais ações continuavam, mas de boa galera, todo mundo já sabia). Era assim e pronto. Além disso eram aquartelados por um ato (algo como uma medida aqui) sinistra, que se qualquer um (e não precisa ser especialista em “internet” não) ver aquilo com certeza chegaria a conclusão de que aquilo era um absurdo. Por exemplo; o próprio Phil teve um problema (como muitos ativistas desenvolvedores de software e ambientes propícios a ativistas), por ter desenhado um software de proteção com mais de 40 bits, o PGP na época tinha 128 (hoje tem uns com mais de 6.000). É o óbvio, a capacidade computacional dificilmente conseguiria quebrar algo com mais de 40 bits, 68 talvez, mas 128 era impossível na época. Isso foi se arrastando na corte durante anos e através de vários recursos, até que deu em nada.

O tal ato institucional (aff dá até calafrios essa palavra), só veio a ser debatido e refeito recentemente com a morte de Aaron Schwarts, um ativista de internet que se suicidou por conta da pressão que o FBI colocou nele.

Outra coisa que vale notar é que o uso do Software de Criptografia PGP foi altamente apoiado pelos cypher punks, que tiveram seus dias de anarquismo lá pela década de 90 (hoje é de chorar, os cara viraram entusiastas de btc, enfim, sem surpresas também. É só olhar o manifesto crypto anarchist deles, já dava para ver o que os cara queriam) e alguns deles integraram as equipes que vieram com as atualizações das versões de PGP até a atual que é a Gnu PGP que advem da Open PGP e são um dos grupos que apoiaram o uso aberto e liberado a todos a ter privacidade em suas mensagens, no qual a abertura do código foi essencial (mas não se enganem, não foi mera bondade. Interesses capitalistas estavam em jogo aqui).

Bom, para quem não entende, falar que eu estou abrindo o código de algo secreto, humm… isso não parece muito secreto camarada. Calma… Respire fundo. É assim que funciona. A encriptação não segue um padrão que eu, você ou qualquer máquina e nem a máquina que gera a encriptação de fato saiba como aquela encriptação que você recebe é de fato gerada. Ela é feita de forma aleatória e somente com a senha da chave é capaz de decriptá-la (o ato referso de encriptar). E acredite, tentaram quebrar e até hoje, tentam, mas até então sem sucesso (tem o ROCA ATTACK; mais abaixo). Além de inúmeros cientistas da área, que indicaram bugs que realmente não existiram e apontaram outros que poderiam, e desses estudos vieram as atualizações para as versões atuais da chave, as outras tentativas foram acessar a senha da chave encriptada. Por que até então se mostrou impossível se quebrar uma encriptação PGP. E é exatamente por isso que é importante manter um código aberto, pois se o código é aberto analistas podem estudá-lo e tentar encontrar falhas que possam ser corrigidas prontamente e não deixar que você, ao usar um software de código aberto (open source code) fique em mals lençóis. A outros problemas relacionados a isso é claro. Alguém pode simplesmente encontrar um falha antes que um especialista encontre. No entanto abrir o código para a comunidade vem se mostrando algo muito mais benéfico e seguro do que perigoso.

Enfim, falamos de chaves e senha, mas como é que essa encriptação PGP funciona. Bom… não é nada complicado de entender e muito menos ainda de usar. Ao usar é abrir mensagem com a sua encriptação, colocar a sua senha e é basicamente isso. Mas vamos tentar entender a lógica. Não a parte técnica de encriptação e modelos RSDI, RFC4880 etc. Vamos para a parte mais prática.

Continue reading

Posted in Anarquismo | Tagged | Comments Off on Conheça o PGP, e porque é importante para você!

Sabendo navegar em águas tenebrosas.

Por Calango Negro:

Olá Comunidade Anarquista,

Hoje nós daremos continuidade ao artigo anterior, que dissertava sobre como iniciar um diálogo e chamar alguém (ou pessoas) para um determinado projeto ou causa, e em nosso cenário hipotético, nós intitulamos tal projeto como sendo de ordem mais sensível, e por conta de seu conteúdo, poderia nos levar a problemas com leis presentes, ou mesmo ser alvo de grupos radicais, que possam estar infiltrados em nosso grupos de internet e por algum motivo possam utilizar tais informações abertas como forma de ataque. Debatemos diversos problemas e como simplificá-los ao máximo, tendo um mínimo de segurança. Também dissertamos os problemas em se utilizar tais métodos e cuidados que devemos ter. No presente artigo, como no anterior, a ideia que rege o mesmo é entender como enviar uma mensagem de forma anônima, eficiente, segura (debatemos isso também, não há 100% de segurança em absolutamente nada na internet, mas formas de deixar as coisas o mais seguro possível. A ponto de ter uma certa confiabilidade no método abordado). Se você entrou agora e invés de continuar aqui e quer checar o artigo anterior ao qual esse se remete, segue link abaixo.

COMO INICIAR ATIVIDADES PELA NET?

Remetendo ao artigo anterior, (caso você não deseje o ler) quero deixar bem claro que:
1. O artigo presente se remete a experiência própria e não se remete a um especialista na área de criptografia e segurança na internet.

2. Não existe método 100% seguro (não custa lembrar) de se comunicar pela internet. E para fazer tal é sempre recomendado o estudo na área.

3. Os métodos (descritos no artigo anterior e) abaixo dão algum teor de segurança para realizar uma comunicação efetiva, e por default troca de ideias e planos. Não fique desencorajado pelo fato de não ser 100% seguro, mas dificilmente alguém realmente vai conseguir imputar crime (dada as devidas medidas) no que você fala. O problema é quando isso se transmite para a ação (futuro post).
4. O simples fato de pessoas dissertarem sobre o fim do estado é considerado crime, mas cá estamos todos nós. E não se pode prender uma pessoa por disseminar ideias anti-estado. (Fala X Ação, lei de perseguição politica).
5. No artigo anterior eu recomendo que aquilo seja simplesmente um convite para começar a organizar o que segue neste artigo. De forma alguma eu recomendo a troca de arquivos por meios tradicionais, como e-mails convencionais, facebook ou qualquer outro tipo de plataforma que não assegure ou teja em sua politica e explicitamente declare não entregar dados ao NSA (National Security Agency trd:. Agência de Segurança Nacional → Agência que busca controlar o conteúdo trocado de informações em meio virtual para beneficiar politicas Yankees e seus parceiros {Incluso ABIN abiguinho}).
6. No momento que seus dados, que são constantemente cruzados com outros dados, refletirem que você faz parte, ou apoia algum grupo de luta anti-quiriarcal (ou qualquer outra coisa que venha de encontro as tais politicas de estado) e você começar a desaparecer da internet, informações que deveriam estar lá estiverem datadas como não identificadas ou inacessíveis, automaticamente leva a preocupação da tais autoridades e vai para a malha fina (você entra para lista negra. Massa né! Eu já to lá! Kkkk).
7. Obviamente esse é só um alerta. Para que você saiba em que você está entrando e não acabar caindo em uma de desavisado e tentar virar super-herói. Nós não somos super-heróis, somos pessoas comuns que dão cabo de tentar continuar uma luta de mais de cem anos contra instituições quiriarcais e não vamos parar só por que há perseguições, mas vamos até o fim de nossas vidas lutando em todos os ambientes e até a exaustão. Se está pronto para isso e dado os devidos aviso. Continuamos o artigo.

Tendo em vista que de alguma forma (seja própria ou seguindo as ideias postas no artigo anterior), você conseguiu realizar sua comunicação de forma secreta, através do facebook. Partiremos agora como conseguir construir um ambiente onde a comunicação de ideias possa decorrer de forma mais segura e fluídica possível, dado as limitações de máquinas postas no post anterior. Por que Camarada? Não podemos continuar usando aquele método para trocar informações? Você pode estar se perguntando.

Bom, poder pode. Ideal, não! Obviamente estamos tentando evitar aqueles alertas vermelhos para as agências supracitadas. E o facebook, twiter, whatsapp e snapchat (snapchat é um artigo completo a parte, se tem destrua logo sua conta por favor, caso queira continuar como ativista), tem praticamente todas as agências de espionagem do mundo com seus olhos nelas. Então a medida anterior é praticamente um chamado para poder organizar a casa e migrar o diálogo que se dará na organização de atividades para um ambiente mais seguro e anônimo. Onde tais agências, até onde se tem noção, não tem controle ou acesso as suas informações. Lembre que a internet migrou de forma a ter sucesso, através do uso de dados, com restrições mais flexíveis do que aquelas do mundo real. E por tanto um prato cheio para o capitalismo e tudo aquilo que o defende etc. Não cabe aqui nesse artigo aprofundar muito este assunto, além de alertar que, estamos tentando fazer com que você possa produzir e intercomunicar dados de forma segura e sem acesso a tais instituições.

Tendo isto em mente a primeira coisa que tenho a falar, mas de certa forma há um pouco de dificuldades, mas é compreensível, dado ao tipo de projeto no qual foi concebido é o projeto Rise up.
O projeto Rise up é um coletivo que provê ativistas do mundo com ambientes seguros do qual o seu principal foco é a comunicação livre, te dando o máximo de segurança possível que um projeto como o tal possa lhe conferir. Há e-mail, chat seguros (concebidos e modificados pelo próprio grupo, através de projetos de software de códigos de fonte livre (open source code), e comunicados abertos para a comunidade, plataforma social (não é algo como o facebook, é um pouco limitado (devido a capacidade de hardware que o grupo tem), mas bem interessante), e Open VPN (dá um duck duck go!) além de um sistema do qual garante que se qualquer informação for vazada de suas contas ou suspeita do mesmo, de acordo com os próprios, tudo será destruído. Além de uma comunidade amigável que para seu suas atividades rotineiras, e tentam responder qualquer possível pergunta que você por ventura tenha. Sua comunicação se dá em Inglês e Espanhol, mas há tradução em sua página e tutoriais para outras línguas, incluso o Português. É de fato o projeto ideal para qualquer pessoa começar a se comunicar com seu grupo e dá um suporte imenso. O projeto todo em si é um artigo a parte

Porém há um pequeno problema. Para conseguir acesso ao rise up; é necessário um convite, um código gerado automaticamente pelo coletivo e somente uma pessoa que tem:
1. Uma conta rise up.
2. E que essa conta tenha mais de 3 meses.
Podera lhe dar tal convite e acesso a fazer uma conta de e-mail que poderá lhe dar acesso a todas estas delicias revolucionárias.

Bom se você conseguir tal código ou popularmente chamado de invite (convite), basicamente é só você dá uma fuçada no site e seguir os tutorias. A maioria não é tão difícil. A única coisa a adicionar é encriptar suas mensagens (além da encriptação que o próprio e-mail já fornece) que é relativamente fácil. Caso você tenha uma conta do rise up e encontre dificuldades por conta da língua ou qualquer outro quesito técnico, não hesite em entrar em contato conosco, que responderemos. Enderece seu e-mail ao nosso com o título e dizendo que é para o Camarada No Front Anarquista e tentaremos fazer o possível para te ajudar. Link para o projeto Rise up em portugês segue aqui .

Bom, isso deixou o artigo um pouco longo, porém não falar do projeto Rise up e partir para a ação sem esse adendo importantíssimo para nossa luta, seria no mínimo leviano. Se tiver outras questões acima do qual parecem grego para você, é só dar uma pesquisada ou nos enviar um e-mail, endereçado a mim e estarei disposto a responder qualquer pergunta pertinente a este artigo. Mas por favor, lembre de colocar, além da sua dúvida de onde está vindo ela, cite o local específico (que parte do artigo?) e me ajude a entender qual é o seu problema durante todo o processo (não só sobre o rise up). E estarei a postos para te responder, o mais prontamente possível (o que não significa 24h, beleza?)

Não obstante, quero deixar claro que num projeto passado nós conduzimos diversos testes de segurança nas diversas plataformas oferecidas pelo Rise up e só encontramos um problema no chat (bate-papo) jabber do rise up, mas com a devida configuração o problema é totalmente contornável E EXTRAMAMENTE SEGURO. Então se você tiver mais curioso sobre isso entre em contato, caso contrário simplesmente use os programas dos quais dissertarei abaixo que sua vida será muito mais fácil.

Vamos lá! Seguindo o cenário anterior, você é uma pessoa que entrou faz pouco tempo no anarquismo e tem essa ideia; você encontrou uma outra (ou mais) pessoa (s) que divide (m) as mesmas ideias, que enxergam essa abordagem necessária e desejam realizar um projeto, no qual sua elaboração (se não ele por inteiro), deve ser feito de forma mais segura, e longe dos holofotes do facebook, que entendemos como plataforma principal para encontrar pessoas que dividem do mesmo incomodo e encontram neste projeto uma solução.

Não me atendo aos detalhes do projeto (e projetos em si no momento), como você está começando, talvez como seus colegas, como conseguirão isso? Se comunicar de forma segura!? Bom talvez conseguir um invite para o rise up fosse o ideal, e não surpreendentemente há muitas pessoas que lhe forneceriam tal invite de bom grado (foi assim que eu consegui o meu, mas demorou!). Todavia o projeto não pode parar, até o ponto que vocês consigam tal invite, se esse for realmente necessário. E aqui vai uma palavra de conselho. Se você conseguiu juntar pessoas, não espere muito tempo para fazer as coisas. O ideal é partir logo para a ação e o grupo começar a ver resultados. Muita gente acaba saindo por não ver algo indo para frente. Ou ao contrário, construa aos poucos e vá amadurecendo o projeto. Dai quem realmente vai estar com você ao lançamento dele (se for esse o intento) são pessoas que produziram o projeto e estão compromissadas com o mesmo.

Então o primeiro passo foi dado e vocês precisam debater, estratégias, trocar conteúdo e essas informações são tal que seria contraproducente realizar tais atividades em ambientes como e-mails convencionais e facebook. Eis aqui que começa nossa jornada.

A primeira coisa que eu recomendaria para tal estágio seria ir a uma plataforma chamada protonmail (link ).

Continue reading

Posted in Anarquismo | Tagged | Comments Off on Sabendo navegar em águas tenebrosas.

A imprensa binária e o Anarquismo

https://i.ytimg.com/vi/wFQ7XOnnkDE/hqdefault.jpg

 

Por Calango_Negro:

Olá comunidade Anarquista,

/*Arquivo: AImprensaBinariaEoAnarquismo.an
*————————————————————-
* Condição Prévia: Falta de estrutura histórica sobre a opressão anarquista através da mídia.
*Condição Posterior: Essa safadeza acontece faz tempo. Se for por falta de sacanagem, ta na hora de sacanear!
*/

import revolution.an*;

While (LutandoNaRevolução) {
if (negro) {
LutarJuntos ();
}else {
EumBug ();
}

Export → DB * From Calango_Negro;
Import → DB * To Comunidade_Anarquista;

# Aqui o estado e o capitalismo cai. Tem vermelho não irmão!

>>print (Revolução Anarquista)

(Indenting impossible through WordPress oppressive control (A))

Olá Colegas, vamos hoje tentar entender algumas relações e impactos do uso da mídia na história anarquista.

O primeiro documento de imprensa relacionado a Anarquismo advém do jornal o Correio Paulistano que em 1893 atesta a seus leitores, com o título “Imigrantes Anarquistas” que durou entre Julho e Agosto deste ano com as seguintes colocações “não só proporcionar aos nosso leitores o conhecimento de coisas dignas de notas e ainda ignoradas, como também perstar um serviço à São Paulo, concorrendo para a censura e verberação de fatos, que se podem tornar atentórios a ordem pública” (trecho tirado de Loprete, 1996).

Só caros colegas dá se início a ordem persecutória já secular em terras pindoramesticas de nossa luta, sem mesmo dar-se o trabalho de entender quem somos e por que viemos. Mas é óbvio não para por ai, neste mesmo jornal, como disse de Julho a Agosto, mais há por vir.

Na primeira delas como escreve Loprete em sua tese ela continua sobre os ataques perpetrados pelo Correior Paulistano “…perigosos individuos, chefes e partidários dessa terrível seita destruidora”, que para cá vieram “uns por voto espontâneo, em busca de novos campos de ação, outros por expressa exigência da policia e outros ainda para fugirem a vindita dos seus camaradas, quando descobertas as suas traições e ainda neste caso, favorecidos por autoridades no exercício de seus cargos, têm buscado penetrar nesta grande e hospitaleira terra, que se chama o Estado de São Paulo, usufruindo as vantagens que os nossos cofres públicos lhes dão, tais como o transporte gratuito das suas pessoas e bagagens e o seu primeiro estabelecimento na capital, até que lhes apareçam às ambicionadas colocações, para no fim de contas virem aqui implantar a desordem e uma luta fraticida, incompatíveis com abundância e excelência dos nossos recursos de vida” (Loprete, 1996).

De cara a hospitalidade brasileira e paulista(na) já se mostram bem receptíveis a causa anarquista, como podemos ver no texto. É claro que Anarquistas estavam aqui a mais tempo, ainda na época de D. Pedro II. Todavia o anarquismo ainda não havia vindo como um movimento de luta operária afim de se instalar na industrias (Paulistas), e por tanto, até mesmo o próprio imperador havia financiado uma ventura anarquista em Cecília no Paraná e outra no Rio de Janeiro que mais tarde foi para Santa Catarina.  Estes, diferente destes imigrantes citados acima, vinham aqui a procura de terra e de formar suas comunidades anarquistas. Mas quando estes se instalam na capital industrial do país, todos sabiam que a reevindicação de melhorias trabalhistas, ainda incipiente em solo pindoramesco, iria se iniciar. Eram muitos agitadores para que a policia desse cabo e o Estado teria um inimigo a altura no seu papel de doutrinação e apaziguamento da população, especialmente depois de anos de conflitos internos grandes. Parecia que as coisas iam “entrar nos eixos” e eis que vem os anarquistas para tirar o povo e especialmente os imigrantes, que vieram substituir a mão de obra escravocrata aqui, se rebelar contra o sistema. Um convite doce a luta e nefasto para as elites.

Lopreato ainda continua em diversas passagens onde tais imigrantes eram vistos (além do preconceito geral a estes) como criminosos, de má fama e perigosos (qualquer coincidência, não é mera coincidência). Muito antes da greve de 1917, tentativas de criminalizar o movimento e desqualifica-lo vieram. Mas como força vingente da causa operária os mesmos ganharam força em seus rincões de luta que se escalonaram até a chegada da grande greve de 1917.

Não por mera coincidência neste mesmo ano das reportagens do Correio Paulistano quase 4000 pessoas foram presas, das quais aproximadamente 2000 foram consideradas anarquistas e socialistas. Me parece que de fato um coluio foi realizado em entre estado – midia de direita para a repressão massiva do movimento anarquista em solo paulista. É difícil chegar a outra conclusão dentro de números tão alarmantes onde reportagem e ação datam da mesma época.

Continue reading

Posted in Anarquismo | Comments Off on A imprensa binária e o Anarquismo

O caos anarquico

Prezados,

Através deste post venho dar os meus pesares sobre aqueles que se debruçam sobre o anarquismo. Por que digo isso? Parece que ao invés de lutarmos para a derrubada das instituições quiriarcais, pelo contrário, não só estamos dando forças a elas, como estas estão fragmentando a nossa luta.

Não é de hoje que isso vem acontecendo é claro, mas aqueles que se intitulavam anarquistas sempre tiveram um foco bem claro sobre quem somos e o que queremos, no entanto as organizações anarquistas estão a perder de vista isso e entram em colunho, inclusive defendendo tais organizações e ideologias.

É triste, mas o racha está gigante entre nós e não estamos conseguindo entrar em conciliação devido a divergências cabais, como a aceitação do Marxismo em nosso meio, defesa de estados totalitários, como o de Cuba e refutando até figuras anarquistas como o Anarquista Gaston Leval em sua célebre obra A Falácia do Marxismo.

Devo dizer que ainda não me aprofundei no assunto. Focarei meus esforços em entender as atualidades com um pé na história para entender por que esse fenômeno recente do Anarquismo assola a internet e grupos grandes e representativos de nossa luta.

Sim é triste, mas é a realidade. Espero que por aqui, possa eu fazer a minha parte.

Att.,

Calango Negro.

Posted in Atualidades Anarquistas | Tagged | Comments Off on O caos anarquico